Ginecomastia

A ginecomastia é uma condição que afeta os homens, e, embora a maioria não reconheça simplesmente pelo termo, já deve ter visto ou ouvido falar.

Trata-se do aumento, na maioria das vezes, descontrolado das mamas dos homens, que tendem a variar de acordo com o tipo e as características do tecido mamário em excesso.

Em outras palavras, a ginecomastia é uma condição masculina que geralmente aparece em homens mais velhos, bem como na puberdade, resultante da hipertrofia das glândulas mamarias, ou seja, caracterizada pelo crescimento das mamas de tamanho fora do normal para os homens.

E, ao contrário do que muitos acreditam, a causa real deste problema se dá devido ao excesso do tecido mamário, isto é, não tem relação com o excesso de gordura.

A principal causa de ginecomastia é o desequilíbrio nos níveis de hormônios estrógeno e testosterona. Também pode ser considerado um agravante a obesidade e o uso contínuo de remédios.

Essa condição costuma ser mais frequente na adolescência, geralmente em meninos com idades entre 13 e 14 anos, devido a consequência das alterações hormonais da puberdade, podendo, inclusive, esta hipertrofia persistir até a vida adulta, porém, não se restringe a essa faixa etária.

Tanto que 1 a cada 3 homens em fase adulta, após os 70 anos de idade, tendem a apresentar uma ou as duas mamas aumentadas. E isso é comprovado pelo simples exame físico.

Um detalhe importante que vale a pena ressaltar é que a ginecomastia também pode afetar recém-nascidos.

O fato é que a ginecomastia, que pode ocorrer em uma ou nas duas mamas, tende a se tornar um sério problema, principalmente por ser um dos fatores que levam a perda da autoestima.

No entanto, é um problema que tem cura. Se não espontaneamente, através da intervenção cirúrgica, ou ainda, com tratamento utilizando medicamentos devidamente prescritos por um médico endocrinologista.

 

Os picos fisiológicos da ginecomastia

Existem, na verdade, três picos fisiológicos da ginecomastia, que podem regredir naturalmente sem a ajuda de tratamento. São eles:

  • Quando a criança está em fase de amamentação, a glândula mamária pode sofrer influência dos hormônios maternos através do leite, contudo, após o término do período de amamentação, a tendência é que as mamas voltem à forma e tamanho normal;
  • Na puberdade, quando os meninos começam a ter alguns hormônios, e sofrem algum tipo de desbalanço hormonal, gerando, por conseguinte, o aumento da glândula mamária, que pode apresentar sinais de regressão com o passar do tempo; e,
  • Na andropausa, causado também por um desbalanço hormonal, mas, desta vez, pela queda de hormônios.

 

As principais causas da ginecomastia

O que causa o crescimento das mamas nos homens tem relação direta com o desenvolvimento anormal das glândulas mamárias, em razão de um desequilíbrio hormonal, podendo atingir uma ou as duas mamas.

A grosso modo, acontece quando há uma diminuição ou um bloqueio dos efeitos da testosterona no corpo do homem (o hormônio masculino), ou ainda, um aumento da quantidade de estrógeno (o hormônio feminino).

Porém, existem alguns fatores que podem ser considerados preponderantes e que podem contribuir diretamente para a produção de hormônios fora do normal no corpo, ocasionando assim, a ginecomastia. São eles:

  • A obesidade;
  • Alterações hormonais nas várias fases da vida;
  • A insuficiência renal;
  • Infecção nos testículos;
  • A insuficiência hepática ou cirrose no fígado;
  • Possíveis infecções nos testículos;
  • Tratamentos com hormônios femininos;
  • Eventuais efeitos colaterais por conta do uso de anabolizantes;
  • Tumor no testículo, na glândula suprarrenal ou na pituitária;
  • Consumo de drogas, como maconha, heroína ou anfetaminas;
  • Síndrome de Klinefelter;
  • Hipertireoidismo;
  • Hipogonadismo;
  • Defeitos congênitos;
  • Má nutrição; e
  • Outros efeitos colaterais por conta do uso de medicamentos, geralmente aqueles para gastrite ou úlcera no estomago; pressão alta; arritmias; ou antidepressivos tricíclicos.

Vale salientar que os homens que estão em tratamento contra o câncer com radioterapia ou quimioterapia, ou tratamento da infecção pelo vírus HIV, também podem apresentar aumento da mama, causando assim, a ginecomastia.

Mesmo diante de tantas causas, a maioria dos casos de ginecomastia é classificada como idiopáticos, isto é, sem uma causa específica definida.

Em termos físicos, o problema se concentra na região, e pode apresentar dor, sensibilidade ao toque, além da mudança no aspecto físico da aréola, que pode ficar maior e mais escura.

Entretanto, o desconforto social em razão da alteração no tamanho de uma, ou das duas mamas, acaba sendo um dos principais pontos da ginecomastia.

 

Tipos de ginecomastia

A ginecomastia pode ser classificada de acordo com o tamanho da mama e a característica do tecido mamário, a saber:

– Ginecomastia grau 1: quando ocorre um pequeno aumento da mama, não existindo acúmulo de pele ou de gordura.

– Ginecomastia grau 2:  Grau 2A – quando ocorre um aumento moderado da mama, sem excesso de pele, porém com um pouco de acúmulo de gordura. Neste caso, a massa de tecido mamário se concentra, geralmente, na parte inferior da mama.  Grau 2B – com as mesmas características da ginecomastia grau 2A, entretanto, com excesso de pele na mama.

– Ginecomastia grau 3 e 4: trata-se dos estágios mais avançados da ginecomastia, quando a massa de tecido mamário já se encontra mais espalhada pela mama, com excesso de gordura e de pele na região.

 

Uma confusão comum… Lipomastia

Uma confusão muito comum entre os homens sobre o acúmulo de gordura na região torácica, é a chamada pseudoginecomastia, geralmente confundida com os quadros reais de ginecomastia.

A pseudoginecomastia ou lipomastia é caracterizada pelo depósito excessivo de gordura sob o mamilo sem que haja aumento do tecido glandular.

Um profissional experiente consegue identificar facilmente através de um exame em que o paciente se deita de costas, com as mãos entrelaçadas sob a nuca.

Através de uma palpação na mama poderá constatar se há um tecido mais firme, porém, de consistência elástica e distribuído de forma concêntrica ao redor do mamilo, característica da ginecomastia.

Na pseudoginecomastia, a percepção da consistência é de gordura, e, geralmente, tem relação direta com o ganho excessivo de peso.

Além do exame clínico nas mamas, o diagnóstico também pode vir de exames no abdômen, nos testículos e de sangue para avaliar a função dos rins, fígado e tireoide.

Dependendo do caso, o profissional pode solicitar outros tipos de exames, dentre eles, a mamografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom dos testículos e/ou biopsia do tecido mamário.

 

A cura para a ginecomastia

Os casos de ginecomastia que não regredirem naturalmente podem ser curados com tratamentos específicos, que vão desde mudança da hábitos e uso de medicamentos até cirurgia nos casos mais graves.

É muito importante o diagnóstico correto, mesmo porque o câncer de mama também pode ocorrer em homens, formando nódulos na região.

O fato é que, dependendo da causa da ginecomastia, um tratamento é indicado, com altíssimos níveis de eficiência, ainda mais se for diagnosticada previamente.

Caso o quadro já se encontra instalado há mais de um ano, por exemplo, dificilmente a regressão natural acontecerá por conta da fibrose.

Nestes casos, a indicação é para intervenção cirúrgica, em especial, para evitar problemas emocionais, principalmente na fase da adolescência.

Falaremos o passo a passo da cirurgia de ginecomastia caso seja a melhor indicação para você.

Quais são as principais indicações de correção cirúrgica da Ginecomastia?

– Presença de glândula mamária no homem que esteja causando dor ou aumento da sensibilidade nas mamas.

– Quando o tratamento clínico não for eficaz.

– Quando o paciente possui ginecomastia há muito tempo e não houve regressão. Isso pode acontecer após a adolescência.

– Quando houver pseudoginecomastia e não houver melhora após perda de peso.

– Quando já houver excesso de pele nas mamas que precisam ser retiradas juntamente com as glândulas.

 

Quais os benefícios que a cirurgia de Ginecomastia pode proporcionar?

A cirurgia de ginecomastia é uma das cirurgias com um dos maiores índices de satisfação dos pacientes.

Além de resolver um problema que o homem carrega por vários anos, melhora muito a autoestima e as cicatrizes ficam imperceptíveis.

 

Como é feita a cirurgia de Ginecomastia?

Após a anestesia, é feito um furinho de cada lado do tórax por onde entramos com as cânulas e realizamos a lipoaspiração das mamas. A próxima etapa é realizar um pequeno corte em meia lua em volta da aréola na parte inferior para poder ressecar a glândula. A última etapa é verificar se há sobra de pele e algumas técnicas cirúrgicas podem ser realizadas para retirar o excesso de pele. Por fim podemos colocar um dreno de cada lado e fechamos a pele com pontos internos.

Um curativo é realizado em cada aréola.

 

Qual o tipo de anestesia para correção de ginecomastia?

Pode ser a peridural com sedação ou anestesia geral. O melhor tipo de anestesia será uma decisão sua junto ao médico anestesiologista.

 

Qual o tempo de duração da cirurgia de ginecomastia?

Varia de 1 a 2 horas, a depender do caso.

 

Quanto tempo fico internado após a cirurgia de ginecomastia?

Em geral de 6 a 12 horas. A maioria dos pacientes poderão receber alta no mesmo dia da cirurgia.

 

Quais as cicatrizes de Ginecomastia?

O tipo de cicatriz pode variar desde um pequeno furinho na pele para realização de lipoaspiração (nos casos onde a ginecomastia é predominantemente gordurosa ou lipomastia), cicatrizes semilunares (subareolar) na parte de baixo da aréola (quando é necessário a retirada da glândula mamária) ou cicatrizes circulares ao redor da aréola (periareolar) e em “T” ou transversa para casos mais severos com grande excesso de pele.

 

 

Quais os cuidados com os curativos?

Deve-se manter o curativo realizado na cirurgia até o 2º dia do pós-operatório e caso necessário os devidos cuidados com os drenos que poderão ser deixados. Após 24 horas é possível tomar banho de corpo inteiro e realizar o curativo com antisséptico e compressas de gaze.

 

Quais as possíveis complicações da cirurgia de ginecomastia?

É preciso entender que cada organismo reage de uma determinada maneira à cirurgia. Como exemplo, citamos a reação individualizada a determinados medicamentos, o que nos leva a preferir “esse ou aquele remédio”. Nesse sentido, independentemente do trabalho médico ter sido feito com o maior zelo, perícia e cautela, o resultado final também dependerá da reação do organismo à cirurgia e dos cuidados pós-operatórios, podendo em alguns casos ocorrer resultados desfavoráveis. Entre eles que, felizmente, são raros, o paciente pode apresentar:

– Infecção;

– Seroma (acúmulo de líquido amarelado consequente à destruição de gordura);

– Formação de hematomas por elevação da pressão arterial (podendo levar à necrose da pele por distensão);

– Necrose de pele e aréola, por deficiência circulatória (sendo o tabagismo sua maior causa);

– Deiscência: abertura dos pontos realizados (pode ser devido a infecção);

– Trombose venosa nas pernas – coagulação do sangue dentro das veias, cujos sintomas são inchaço e dor. A embolia ocorre quando esses trombos se deslocam e migram para o pulmão, o que pode acontecer até 30 dias após a cirurgia;

– Complicações estéticas: cada pessoa tem um tipo de cicatrização. São exemplos de complicações estéticas o aparecimento de quelóides, hipercromia de cicatrizes (escurecimento), assimetrias, etc;

– Alteração de sensibilidade da área operada;

– Entre outras.

 

Quais as recomendações pré-operatórias para quem vai operar ginecomastia?

Antes de ir ao hospital, você deve informar qualquer anormalidade que possa lhe ocorrer, sintomas respiratórios, contato com pessoas diagnosticadas com COVID e inflamações próximas às mamas.

– Compareça ao local da cirurgia, no horário previsto e marcado na sua guia de internação;

– Apresentar-se para a internação acompanhado (a) de alguém;

– Comunicar o uso de medicações antes da internação;

– Tomar banho de corpo inteiro na véspera da cirurgia;

– Jejum mínimo de 8h antes da cirurgia, evitando bebidas alcoólicas ou refeições fartas na véspera da cirurgia. Água pode ser ingerida em pouca quantidade até 2 horas antes da cirurgia;

– Levar o colete modelador e a meia de compressão antitrombo.

 

Quais são as cuidados pós-operatórias da Ginecomastia?

Na maior parte dos casos são utilizados drenos que retiramos por volta do 5º dia, procurando evitar hematomas (acúmulo de sangue) que é a complicação mais comum nesse tipo de cirurgia.

– Os pontos são retirados após 14 dias (quando tiver).

– O procedimento não costuma ser doloroso e se presente é controlável com o uso de analgésicos comuns.

– Evitar esforço físico nos primeiros 20 dias;

– Após o segundo dia já é possível tomar banho de corpo inteiro.

– Evitar a abertura excessiva dos braços nos primeiros 20 dias após a cirurgia.

– Usar o colete por um período mínimo de 30 dias;

– A realização de drenagem linfática pós-operatória é sempre recomendada. Ela ajuda na recuperação, na prevenção de fibroses após a lipoaspiração e acelera a redução do inchaço.

– Evitar exposição ao sol por um período de 60 dias;

– Alimentação normal;

– Obedecer rigorosamente à prescrição médica;

– Voltar ao consultório para a troca de curativos, nos dias e horários marcados;

– Poderá retomar as atividades profissionais, em torno de 10 dias após a cirurgia.

– Poderá voltar a malhar quando completar 30 dias de cirurgia.

– O resultado esperado também depende de você;

– Toda cirurgia envolve riscos e toda intervenção com finalidades estéticas ou reparadoras podem necessitar de retoques.

 

Como é a consulta com o cirurgião plástico para avaliar Ginecomastia?

A consulta médica visa entender o paciente como um todo e avaliar suas principais queixas. Aqui você terá o tempo que for necessário, por isso deixamos cerca 60 a 90 minutos para cada consulta.

Na consulta para avaliar Ginecomastia, o exame físico é fundamental. É avaliado a presença ou não de glândula mamária, bem como seu tamanho. Também é avaliado a quantidade de gordura e se há sobra de pele na mama. A partir disso já podemos determinar o tipo de cirurgia ideal e a localização das cicatrizes.

Na consulta médica serão solicitados exames pré operatórios como eletrocardiograma, exames de sangue e ultrassom de mama.

Ao final, nossa equipe irá passar todas informações referentes aos custos da cirurgia e as formas de pagamento.

 

Quanto custa fazer uma cirurgia de Ginecomastia?

Os custos de uma cirurgia de Ginecomastia envolvem honorários do cirurgião plástico, do cirurgião auxiliar e do médico anestesista, além dos gastos hospitalares com a internação, retornos na clínica e impostos. Esses valores podem variar a depender do tipo de cirurgia e dificuldade técnica do procedimento.

Por determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), é PROIBIDA a divulgação de preços de cirurgias plásticas e procedimentos estéticos em sites na internet.

“Art. 3º: Cabe ao médico, após os procedimentos de diagnóstico e indicação terapêutica, estabelecer o valor e modo de cobrança de seus honorários, observando o contido no Código de Ética Médica, referente à remuneração profissional.” (Resolução CFM 1836/2008).

Para saber o valor de sua cirurgia, o primeiro passo é agendar uma consulta com o Dr. Erick Bragato que irá fazer uma avaliação e havendo indicação de cirurgia, nossa equipe irá lhe explicar todos os custos e as várias formas de pagamento que disponibilizamos.

 

É possível realizar a cirurgia de Ginecomastia pelo convênio médico?

A cirurgia de Ginecomastia consta no Rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e deve ser coberta pelo convênio médico. Para tanto é necessário comprovação da ginecomastia através de um exame de ultrassom de mama. Um relatório é enviado ao hospital juntamente com esse exame e a depender do convênio médico, a cirurgia pode ser autorizada.

 

Como escolher um profissinal capacitado para realizar a correção da Ginecomastia?

A Ginecomastia é um procedimento complexo e por essa razão deve ser realizado por um profissional especializado. Nesse caso o paciente deve verificar se o profissional:

– Tem registro no Conselho Federal de Medicina (CFM).

– É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

– Vai realizar a cirurgia em um hospital adequado.

– Tem experiência com esse tipo de cirurgia.

 

Se você ainda ficou com dúvidas sobre Ginecomastia, obtenha mais informações diretamente com o Dr. Erick Bragato e agende agora mesmo a sua consulta!

DR. ERICK BRAGATO

CRM 193.986 / RQE 91.669

Dr. Erick Bragato é Membro com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (PR).

Residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Federal da Lagoa (RJ).

Residência médica em Cirurgia Plástica estética e reconstrutora do Conjunto Hospitalar do Mandaqui (SES/SP).

Fellowship em Cosmiatria Avançada, com experiência em injetáveis em geral (Toxina botulínica, preenchedores e bioestimuladores) e rejuvenescimento Facial.

Doutorado na área de Biofotônica Aplicada às Ciências da Saúde (com ênfase em fotobiomodulação para rejuvenescimento facial).

Tem experiência em cirurgias da face e contorno corporal.