Reconstrução de mama

A reconstrução de mama é um procedimento reparador que tem papel importantíssimo no tratamento de um câncer de mama, visto que ele contribui para uma melhoria da autoestima e do estado emocional da mulher após passar por um trauma.

Infelizmente, é fato que o câncer de mama está entre os tumores malignos que mais afetam as mulheres em todo mundo, com maior frequência entre as mulheres acima de 35 anos, e, até por conta disso, observa-se um aumento crescente nas cirurgias de reconstrução de mama.

As pacientes diagnosticadas com câncer de mama, normalmente, precisam passar por uma mastectomia (procedimento onde é feita a retirada parcial ou total das mamas), e, nesses casos, a reconstrução de mama se mostra como a cirurgia ideal para recuperação da beleza da região e da autoestima da mulher.

 

A importância da reconstrução de mama

A reconstrução de mama representa muito mais do que uma cirurgia estética para as mulheres. Ela representa a renovação da autoestima e autoconfiança após a realização de um procedimento de mastectomia, mesmo porque, é extremamente desconfortável lidar com uma situação de neoplasias mamárias.

Pode-se afirmar que a reconstrução de mama afeta diretamente tanto a qualidade de vida quanto o bem-estar da mulher que sofreu com um câncer de mama, isso porque com ela, é possível minimizar o sofrimento em relação à autoimagem.

Com uma cirurgia de reconstrução de mama a paciente terá a forma do seio restaurada, logo, trata-se de um cuidado muito importante em um momento tão delicado como o tratamento de câncer.

A reconstrução de mama, geralmente é recomendada logo após sua operação de retirada por conta de um câncer, principalmente pelo fato de que as mamas carregam uma representação simbólica muito forte e estão diretamente ligadas a conceitos como: sexualidade feminina, maternidade e feminilidade.

Por isso, a ideia de ficar sem as mamas causa impacto muito forte nas mulheres, em especial, no âmbito emocional. A cirurgia de reconstrução de mama vai conseguir restaurar a forma, a aparência e o tamanho da mama, fazendo com que seja preservada a autoimagem das mulheres que tiveram um episódio de mastectomia.

 

É essencial que se discuta sobre a reconstrução de mama

É considerado primordial uma conversa com seu mastologista e com o cirurgião plástico, de preferência em conjunto, para que seja feito um planejamento antes das cirurgias e escolhido o melhor tipo de tratamento para seu caso, mesmo que a opção de fazer a reconstrução da mama fique para depois.

Existem várias técnicas que podem ser utilizadas no procedimento de reconstrução de mama, contudo, a escolha mais adequada para o seu perfil está diretamente ligada à cirurgia de mastectomia e à quantidade de tecido mamário que foi preservado, além, é claro, das características e expectativas da paciente.

Entretanto, no geral, quando o caso permitir, é escolhido a utilização de próteses mamárias de silicone para fazer a recomposição da mama.

Também existe a possibilidade de aproveitar tecidos retirados da própria paciente de outras partes do corpo para a reconstrução da mama.

Vale ressaltar que nem sempre é possível preservar a aréola e os mamilos, logo, essas estruturas terão que ser reconstruídas na cirurgia de reparação.

Antes da cirurgia de reconstrução de mama a paciente pode optar por somente corrigir, ou ainda, aumentar o volume da mama que não tenha sido alterada com a mastectomia.

É comum que as mulheres associem a reconstrução de mama a um outro procedimento que vai elevar o seio, além de conferir mais simetria e beleza ao corpo.

 

Resultados de uma reconstrução de mama

A reconstrução de mama pode ser feita logo após a mastectomia ou em um momento mais tarde.

Caso opte por seu imediata, será feita a retirada da mama e a cirurgia reparadora em uma única intervenção. Neste caso, a paciente não passa pela experiência de ficar sem a mama (ou parte dela), e lida somente com um período pós-operatório, mas isso também depende da condição de cada paciente.

Vale frisar que os resultados da reconstrução de mama atendem as expectativas estéticas, pois consegue restaurar a forma da mama, que é o objetivo principal.

No entanto, há de se observar que a sensibilidade da região fica comprometida, ou seja, a mama não voltará a ser a mesma, pois não se trata de substituição da mama natural.

Quanto ao tamanho da cicatriz, vai depender quase que estritamente da mastectomia, mas, no geral, é feita de forma mais discreta possível, podendo ficar coberta ao usar roupa íntima ou de banho.

É importante salientar que o prognostico oncológico não é afetado pela reconstrução de mama, ou seja, o restante do tratamento pode seguir normalmente conforme indicação do seu médico mastologista.

Por fim, vale ressaltar que a reconstrução de mama não favorece a recidiva do câncer de mama e, mesmo que voltem os tumores, as mamas reconstruídas em nada atrapalharão em eventuais tratamentos com quimioterapia ou radioterapia.

 

O período pré-operatório da reconstrução de mama

O preparo pré-operatório de uma reconstrução de mama é muito similar à de outras cirurgias estéticas, onde são exigidos exames clínicos e laboratoriais, dentre eles, o de sangue, glicemia, coagulação e eletrocardiograma.

Através da análise dos exames é que o médico poderá identificar eventuais riscos e prever as condições para anestesia e cicatrização.

Também será preciso ajustar a alimentação e suspender o uso de alguns medicamentos. Evitar o tabagismo e o consumo de bebida alcoólica também são outras recomendações que precisam ser respeitadas.

Tudo isso para que a cirurgia seja um sucesso, e o pós-operatório, mais tranquilo.

 

O período pós-operatório da reconstrução de mama

Para que se tenha resultados satisfatórios é essencial seguir à risca todas as orientações médicas durante o período pós-operatório.

É comum que se coloque um dreno temporariamente sob a pele, justamente para evitar o acúmulo de líquidos.

Dores no local das incisões também são consideradas normais.

Como a paciente deve evitar movimentação intensa nos braços, é recomendado um repouso relativo e que esteja acompanhada por alguém que possa lhe ajudar, pelo menos nos primeiros dias.

Outras recomendações mais usuais são:

  • Uso ininterrupto de sutiã cirúrgico para garantir a sustentação das mamas;
  • Não dirigir por pelo menos 30 dias;
  • Evitar exercícios físicos por pelo menos 30 dias;
  • Fazer uma alimentação equilibrada;
  • Beber bastante água;
  • Fazer as trocas do curativo conforme recomendação (geralmente no consultório médico);
  • Atentar-se para os medicamentos prescritos;
  • Evitar exposição solar direta na região operada;
  • Informar ao médico qualquer situação anormal, como por exemplo: febres, dores intensas e mau cheio.

 

Riscos de uma reconstrução de mama

Os riscos de uma reconstrução de mama seguem, em sua maioria, os mesmos de outros procedimentos estéticos, dentre eles:

  • Má cicatrização;
  • Perda da sensibilidade;
  • Necrose;
  • Possibilidade de uma nova cirurgia para reparos;
  • Assimetria;
  • Seroma;
  • Hematoma;
  • Trombose venosa;

Existe ainda a possibilidade de que alguns tipos de implantes mamários ter associação com um linfoma anaplástico de células grandes, um tipo muito raro de câncer de mama, mas que pode ser facilmente identificado nos exames periódicos que devem ser realizados após as cirurgias de mastectomia e reconstrução de mama.

DR. ERICK BRAGATO

CRM 193.986 / RQE 91.669

Dr. Erick Bragato é Membro com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (PR).

Residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Federal da Lagoa (RJ).

Residência médica em Cirurgia Plástica estética e reconstrutora do Conjunto Hospitalar do Mandaqui (SES/SP).

Fellowship em Cosmiatria Avançada, com experiência em injetáveis em geral (Toxina botulínica, preenchedores e bioestimuladores) e rejuvenescimento Facial.

Doutorado na área de Biofotônica Aplicada às Ciências da Saúde (com ênfase em fotobiomodulação para rejuvenescimento facial).

Tem experiência em cirurgias da face e contorno corporal.